quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Samba do Pedido Infeliz

Ô Menina Cruel, porque foi pedir pra eu te ser fiel?

Você já minha tinha toda, lealdade, carinho, a minha afeição... e atenção...

Mas esse pedido é o fim.
Não posso negar o que vive em mim.

Ô Menina!

Ô Menina Cruel, porque foi pedir pra eu te ser fiel?

Aquele segredo eu te disse e foi minha burrice
em ti confiar. Ê laiá...

Aqui no meu peito não cabe toda a tua maldade, você vai pagar.
Ah se vai...

Ô Menina Cruel, porque foi pedir pra eu te ser fiel?

Você me traiu neste instante e o nosso romance também destruiu... consumiu...

Eu vou te dizer, eu não posso, de jeito maneira aceitar teu negócio.

Esse pedido é o fim não posso negar o que vive em mim.

Tchau Menina!

La, la, laia, la, laia...La, laia, la, laiala... laia, la, laia...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

...03:47 AM...

Assim não dá! Tenho enfado e ira desse mau costume de insônia. Primeiro achei que fosse o aperto do sutian no peito, tirei o sutian e o sono continuou pulando longe. Deve de ser o calor, então arranco do corpo a malha fina e fresca do vestido e continuo acordada. Vou pro outro lado da cama, não adianta. Deito de lado com um travesseiro debaixo da cabeça e outro entre as pernas, esta posição dura em torno de 7 segundos. Viro de bruço com um travesseiro em cima da cabeça e o outro no traseiro. Não demora e estou novamente no outro lado da cama. Estico as pernas e quase sinto câimbra. Penso outra vez que pode ser o calor, mas a janela está aberta e meu recinto sem coberta. Mesmo com esta constatação, levanto e ligo o ventilador de teto no sentido de exaustor que significa vento pra cima, em uma velocidade mínima. Volto pra cama e começo a tentar escrever sobre o processo deste inicio de insônia. A palavra "conjectura", não sei porque, não me sai da cabeça... vivo conjecturando... Estou sentada no meio da cama, sem roupas, com um travesseiro no colo e sobre ele meu caderno de memórias - lembrei-me do "Memorial de Aires" - tenho outro travesseiro entre as costas e a parede verde do meu quarto, um corpo pesado, um estado mental inquieto, um barulho ritmado do ventilador de teto e uma vontade desgraçada de dormir sossegada. Ela é tão desgraçada que me deixa mais acesa. Acho que estou lendo muito antes de deitar. Estão nascendo novas cápsulas no lado externo da minha cabeça, entendo que são as ideias que não cabem dentro dela e que se recusam ao desmanche e a diluição. Armam acampamento no couro cabeludo mesmo... são ideias de resistência, são militantes! Minha mãe, que é de direita, disse: "Faz uma cirúrgia e tira tudo isso daí!" Eu vou deixando elas crescerem até chegar a Revolução. Cansei de ficar nesta posição. Estou com coceira nas costas num lugar que não alcanço - usei um lápis como instrumento de saciar coceira e este cumpriu com a função. Acabei de abrir a boca de sono, esqueci o nome desse movimento... que sensação estranha de não saber algo que eu sei que sei ou que soube... Como é o nome que se usa para chamar a abrição de boca quando estamos com sono? Eu sabia... e ainda acho que sei... Vou ao banheiro. Eu me vesti de camiseta branca e short de pijama vermelho com estampa de marinheiro, me olhei no espelho e daí sim fui ao banheiro. Lá teve mais abrições de boca, teve também uma centopéia cor-sim cor-não bordada na toalha de rosto que me fez lembrar da amiga chará que teve hoje em casa... tomamos sorvete na rua e refri com pizza na cozinha. Ela foi embora de ônibus e tinha inserções na passagem dela que a gente fez com caneta preta de retroprojetor. Estou escrevendo de bruço e o ombro esquerdo começou a reclamar de sustentar o resto do meu peso. Vou outra vez mudar de posição. Sentei. Olhei para um canto do quarto, acho que não devia, fiquei ainda mais acesa. Ali tenho alguns projetos de costura com retalhos, chinelos conversando sobre o verão, uma poltrona de caixa de leite em construção e um violão pedindo afinação e o toque da minha mão... Eita canto zureta, cheio de trabalho e desassossegos! Cocei a cabeça do lado esquerdo, cansada de escrever coisas vãs, vou tentar fazer o sono dormir, fechar os olhos e resistir em não abrir, até o celular despertar ás 07:07 no perfil silencioso para ser possível o fingimento de perda de hora...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

sobre minha sorte

Você em meio a tudo o que tens,
procura sempre em vão o que não precisas.
Eu, em meio a minhas nadezas, mergulho feliz, infante, 
nas profundezas das efemeridades doces....
e sem procurar, tenho tudo!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A lua, quando ilumina minhas insônias, não gosta de ficar calada. Ela brilha, canta, recita poesias, fala alvoroçada!
Hoje ela é uma Gorda Bailarina, a perfeição em tamanho bem maior, dançou-me um solo magnífico! Depois se escondeu. Voltou receber os aplausos, é claro... sempre sabe que estou a fitá-la atenta, encantada e curiosa.
A pouco me contou, que logo a humanidade vai se expandir nas galáxias e que isto será assustadoramente Bom. Fiquei anciosa pra saber quando vai ser este "logo" e ela disse que o tempo é uma ilusão...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Doce Solidão - Marcelo Camelo


Curto muito esta canção, tem relação com o que venho escolhendo...  mas acho bem dificil de cantar e mesmo assim essa galerinha deu show! Segue a letra pra quem quiser acompanhar:

"Posso estar só mas sou de todo mundo
por eu ser só um
a nem a não a nem dá
Solidão
foge que eu te encontro
que eu já tenho asa
isso lá é bom
doce solidão?"


Pra que serve o corpo, se não para dar-se?

     (Obra do artista de Joinville, Fritz Alt)


Ela andava rápida no outro lado da estrada, querendo apenas um café, então seus olhos distraídos prestaram atenção num momento alheio. Ele era um velho e estava caindo. Os carros não paravam de passar e a multidão era feita de indiferenças e direções. Ela quis ser multidão... fingir que não viu e seguir ao café. Pensou: "Logo vai passar alguém para ajudá-lo!". Porém, não teve grande crença nessa pseudo idéia e impetuosa atravessou a rua em direção ao homem, que em vão tentava levantar-se. Ela chegou, tocou no ombro do velho homem, sentiu seu mau cheiro e sua humanidade, olhou fundo naqueles olhos de azul quase gasto e perguntou: "O senhor está bem?". Ele por um instante teve o espanto como estampa em sua face enrugada e depois disse: "Eu quero levantar". Então aquele corpo miúdo que não se sabia forte ergueu um homem grande e pesado. Ele ficou de pé e grato, com um sorriso desdentado disse um sonoro "Obrigado!". Ela também ficou grata, talvez mais do que ele. Saiu meio tonta com os olhos marejados. Até então não conhecia-se capaz de enredar tal contato: tão efêmero e profundo, tão distante e próximo. Foi aí que olhou pro chão e viu um considerável pedaço de carne em estado de decomposição, ali viu também a gênese, a força, fraqueza e paixão de todo ser humano:
"A Carne"
Depois, ela ainda tomou o café e voltou para a aula de psicologia discutir teorias... ninguém sabia, mas ela não estava ali.
Mais um anúncio de aumento foi sinalizado pela Prefeitura Municipal de Joinville.

A Frente de Luta pelo Transporte Público, inicia a campanha "R$2,30 já é ROUBO!".

Você
pode ajudar divulgando a campanha nas redes sociais. Troque sua foto do
perfil e atualize no seu álbum de fotos, com a imagem da campanha.

http://nozarcao.blogspot.com/
889 participantes nesta conversa
 
 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Pessoas e canetas estouram e fazem o rumo da obra mudar.
 Ás vezes fica bom, Ás vezes não.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Conselho para Catarina a Megera

Um Bom Coração, Catarina, é o Sol e a Lua!

... Catarina, escolhe um companheiro de constância simples, de uma constância sem mistura, porque será forçado a conduzir-se corretamente em relação a ti, não tendo o dom de fazer corte a outras. Quanto a esses galãs de linguagem infinitamente variada, que se insinuam pela rima nos favores das damas, são logo despedidos com razão.

Ora, um falador não passa de um charlatão;
a poesia não passa de uma balada. Uma boa perna ficará fatigada, uma espádua robusta ficará curvada, uma barba negra ficará branca, uma cabeça encaracolada ficará calva, uma bela face ficará enrugada, um olhar cheio de vida ficará vago, mas um bom coração, Catarina, é o sol e a lua, ou melhor, o sol e não a lua, pois tem a luz radiante e jamais muda e segue um curso imutável.

(Shakespeare - Henrique V, V:11)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Outra vez essa voz fria, vem me fazer companhia
e imprimi palavras quentes na solidez da mente;

Entendo tudo o que penso
e sei de tudo o que quero;
Só não posso te falar,
porque assim eu esqueço.

No pensamento e na vida está tudo muito claro.
Portanto, te contar não posso.
Você deixa tudo em breu,
simplesmente não vê como eu.

Já tentei te explicar,
não foi uma ou duas vez
e no caminho tropecei,
em buracos, pedras e asperezas
dos teus "porquês" compulsórios...

Daí, perco o fio da meada
e de mim não entendo mais nada...

Schiiiuu....fique quieto camarada!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Músculos retesados,
olhar breu embriagado.
Abro-me lento, erguendo um corpo
entediado, lânguido e cansado.


O movimento forçado estala
todos os membros, sinapses e sintaxes.
No rubro sangue circula a dor da consciência.


A vida e a morte estão no mesmo pote!


Procura-se uma, encontra-se a outra.
São unas como mente e corpo, que por
tantas descendências, teóricos, religiosos, humanos...
tentaram separar.


Ao nascer, em nosso estado mais caótico e tido como "desorganizado",
sabemos da melhor forma o que saberemos ao morrer: Que tudo é uno e cósmico!


Agora, nesse caos oculto,
caminha errante,
lentamente ligeira,
em espirais disformes,
a humanidade inteira

rumo


ao


"Caos Consciente"...


... Será?...

sábado, 11 de dezembro de 2010

desabafo de horários marcados

Está tudo arrumado!
Menos os papéis timbrados
que devo entregar como um empregado.

Que chato ter que dar conta da contagem alheia
pra passar de ano,
pra seguir carreira...

Leia, Leia, Leia, Leia...

Não aquilo que tu queira,
mas, o que o Mestre mandar, Leia!
Trombete de boca
roçando meu ouvido
não sei se  vou,
não sei se fico...
Gostei do teu som
rapaz feliz e fudido
Das mulheres tudo se espera
desde amor até a guerra;
Hoje não me procure na Terra
me expandi na estratosfera

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sorte de Elefante!

Eu tenho uma sorte bem grande e antiga como elefante! Só gente boa aparece e fica na minha vida!

Ontem ganhei um lindo "Trombete de Boca" e hoje, logo cedinho pela manhã e por email, ganho o seguinte encantamento que com autorização da autora compartilho com vocês!


Para as pessoas que se encantam facilmente, que se encantam com tudo. (esse título é pensando em vc Carol)

Duas tardes contando historias pra crianças descobri:

Que pedrinhas podem ser cachorros, janelas, jarras e copos,
Que pedras podem ser tudo, menos pedras, ou até mesmo pedras.


Duas tardes contando historias pra crianças, lembrei:

De um tempo que meus maiores problemas era  não conseguir desembolar as calças depois de ir ao banheiro,

que eu poderia correr pra primeira pessoa com um pouquinho mais de habilidade pra me ajudar.
Eu já aprendi como desembolar calças, e pude ajuda-lo nessa dificil tarefa.


Duas tardes contando historias pra crianças, e uma delas me contou uma pequena historia:
Ele se chama Uil, tem 6 anos:
Uil: - Eu tenho em casa uma galinha!

Eu: Que legal, ela bota ovos?
Uil:  - Não, só caga!
Viva as galinhas que não botam ovos, só cagam!


Duas tardes contanto historias pra crianças, percebi:
Que vc pode se chegar de mansinho e não pedir um colo,
simplesmente chegar e sentar.

Ninguem briga por isso.


Duas tardes contanto historias pra crianças, escutei...

Eloise, 3 anos me dizer assim que terminei a historia, num desfecho inesperado e perfeito:

- Graziela, eu gosto de você!

- Também gosto de você, Heloise, só por você dizer algo tão lindo com tanta facilidade.


O que poderia ser minha mensagem de fim de ano, senão essa.

Que todos nós vejamos algo além de pedras, que tenhamos alguem para nos ajudar a desembolar as calças (no bom sentido..rsrs seja lá o que será bom sentido nesse caso pra vc. rs ), Que possamos fazer coisas sem utilidade aparente assim como faz a galinha do Uil, que possamos se chegar de mansinho, dar e receber carinho, e que possamos dizer sem motivo aparente que gostamos de alguem.


Eu gosto de voce!


Graziela de Souza

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Canção de Chuva sem Melodia

QUEM TÁ NA CHUVA SE MOLHA
QUEM TÁ DE FORA SÓ OLHA

SIMBORA QUE A FILA TÁ GRANDE
NO SUS, TERMINAL, RESTAURANTE.

QUEM TÁ NA CHUVA SE MOLHA
QUEM TEM DINHEIRO EXPLORA

QUEM TÁ DE FORA SÓ OLHA
QUEM TÁ NO MEIO REBOLA

SIMBORA QUE A FILA TÁ GRANDE
TUDO É PRIVADO E CARO

QUEM TÁ NA CHUVA SE MOLHA
EU VOU DE BIKE PRA ESCOLA

QUEM TÁ DE FORA SÓ OLHA
PASSAGEM TÁ CARA SENHORA

SIMBORA QUE A FILA TÁ GRANDE
NÃO TEM SOLUÇÃO PRA GESTANTE

QUEM TÁ NA CHUVA SE MOLHA
O ÍNDIO PEDINDO ESMOLA

QUEM TÁ DE FORA SÓ OLHA
SENADO DE MERDA E TRAMÓIA

SIMBORA QUE A FILA TÁ GRANDE
NÃO TEM MAIS LUGAR NA ESTANTE

QUEM TÁ NA CHUVA SE MOLHA
A TERRA É DE ÁGUA E SALMOURA

QUEM TÁ DE FORA SÓ OLHA
QUEM É DO POVO SE MOVA

SIMBORA PRA RUA AGORA
QUEM É DO POVO SE MOVA

QUEM É DO POVO NÃO MORRA
QUEM É DO POVO SE MOVA

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O fogo queima;
E a alma teima em manter a lenha.
Não importa o que venha;
Nunca é bastante o que tu tenha.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ela

Sacudi o tapete na janela
queria livrar-me da lembrança dela
Mas, não pode ser!
É justo esquecer querer
que me faz lembrar

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dia de lombeira

Tudo sem eira nem beira
Preguiça pela tarde inteira
Comida? Só se for besteira
Música? O som dessa chuva rasteira
Livros? Hoje, só na prateleira

Nem cafeína sacode a poeira
que repousa tediosa nessa tarde solteira

Eu fico deitada na beira
olhando passar a Fruteira,
na cesta um monte de queiras

Passe a semana inteira
que o próximo Domingo
não tem mais lombeira!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Caquinhos de Joceana - Peça: Vila das Palmeiras

Eu sempre nunca fui nada.
Vocês nem tinham me visto, eles nem sabem meu nome.
 E olha que já faz dez anos que eu tô aqui.

Eu sou a Joceana!
A mistura do José com a Ana.

Onde eles tão?
Aqui é que não! (ri)
Morrerram! (mais risos)

Para de me olhar com essa cara porque não foi eu!
Não foi eu não!

Eu só queria saber o que acontecia. A vó dizia:
"Para com isso guria que curiosidade mata!"
Eu não quis saber eu quis era ver

Daí eu vi e metade de mim morreu.

O Doutor disse que é AVC

Acidente     Vascular    Cerebral

Acho que é o que acontece com quem vasculha demais as coisas. (riso)

Naquela época eu não tinha matado outro que não eu.
E ela me ensinou que a morte pode ser lenta, carinhosa, quase que libertadora...

"Não toma nessa xícara que é do teu pai!"

E ele tomava. Dormia cada vez mais cedo, acordava cada vez mais tarde.
Um dia não acordou mais.
Ela saiu faceira pra feira
Ninguém sabia mas eu via
Na pressa esqueceu bem do lado da xícara
O vidrinho do veneno homeopático

Quando voltou deu por conta do deslize
e num gole acabou com o liquido e com a vida.

Gastei o fundilho das calça
pra enterra aqueles dois!

E aquele povo me acusando!
Fiz bem de vir prá cá...
Aqui ninguém me vê!

E ela que acretitava que casamento era pra até que a morte separe...
Não separou! (ri)
Tá lá os dois no mesmo buraco! (mais risos)

E a gente?

A gente pode ser tudo o que quiser!
A gente pode fazer tudo o que quiser!
E até ter o que quiser a gente pode!

O dificil mesmo é saber o que se quer!

O que é que você quer?

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Na parede do meu quarto
eu tenho um mundo colado com fita durex.

Ás vezes o mundo cai
Ás vezes sobe
Ás vezes desce

O quê que no mundo acontece?

Gente nasce
Gente cresce
Gente morre
E a gente esquece

Eu quero conhecer o mundo
E ele já me conhece

No raso e no fundo
Sou todo do mundo

Mas quando se tem alguma coisa
A coisa tida também te têm

Por isso o mundo é meu também
Por isso o mundo é meu
Meu Bem
Banho quente

Chuveiro de cera de parafina
Envolve queimando o pavio da alma
Escorre moldando meu corpo nu
Resseca e eterniza o que há por vir
                                          
O frio é criado sem teu calor
Queima e afasta essa criação
Derreta em rubras larvas
O sólido orgulho ferido
E humilde faço o pedido
De beijo, gozo e riso

Cobre violento, de leve
Cada canto do meu aposento
Fuja ligeiro! E deixe no sangue
O vicio intrínseco de pertença a mim

Chuveiro de cera de parafina
A luz finda
Eu me acendo
Espero acordada a solidão dormir.