Eu vejo!
Ora, o que eu vejo?
Em teu olhar um instante de desejo,
lábios vacilantes, dissimulações,
sinais que forjam constelações.
Vejo os retratos guardados,
de um tempo que se foi
e permanece como recalque,
como fragmentos oníricos,
distocidos e recorrentes.
Vejo o que me escapa aos sentidos.
E a imagem é mais nítida quando os olhos são fechados.
Há infinidades de coisas, somente assim visíveis.
A saber:
um filho ainda não nascido;
os cantos e as cores de uma casa que ainda não existe;
um passarinho verde trazendo notícia boa ou triste;
um desenho que se quer desenhar;
o sorriso de alguém que já morreu;
o rosto e o gosto de um amor que não chegou;
a satisfação de um futuro trabalho;
um brinquedo da infância;
o próximo encontro com uma amiga;
o fim de um plano não tecido;
o sol num dia de chuva;
a revolução em pleno mutantis capitalis;
tua distância esperando meu encontro...
Eis um pouco de tudo que só vejo sem olhar.
De olhos fechados ouço feliz, tudo que teu silêncio diz.
E em resposta a tua proposta, digo medrosa:
Fica pra próxima!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Cheiro bom de chuva e luz...
A insônia debruçada na janela,
e eu aqui, a conversar com ela.
A panela do mundo foi mexida,
está tudo revirado, revolto e solto.
O gosto musical de alguns
é grande tormento para outros.
A madrugada pede silêncio.
Um cão latiu e o pedido ninguém ouviu.
O barullho segue sua marcha sem destino.
Cada vida compõem um pouco do som,
que até agora não é bom.
Já passou das 3h e a rua tem sido com
constância pisada... por aqueles que não dormem,
por aqueles que não sonham.
O silêncio pede nova reinvindicação à madrugada,
que por sua vez dorme com a ignorância do barulho,
enganada e embalada por um sentimento de missão cumprida...
Eu ainda falo com a insônia num dialecto novo e desconexo,
coisas sobre:
As teimosias do sono,
as irrelevâncias das dores,
a ousadia das cores,
o paradoxo do sexo e dos amores,
a necessidade das lutas,
os gostos do café e da arte...
Enfim... a vida esmigalhamos em partes.
Enquanto isso o roxo das olheiras,
segue a ser feito na paleta de minha face.
E a aurora virá generosa, com um grande e fofo
travesseiro de camomila,
fazendo-me trocar a noite pelo dia
sem culpa ou melancolia.
A insônia debruçada na janela,
e eu aqui, a conversar com ela.
A panela do mundo foi mexida,
está tudo revirado, revolto e solto.
O gosto musical de alguns
é grande tormento para outros.
A madrugada pede silêncio.
Um cão latiu e o pedido ninguém ouviu.
O barullho segue sua marcha sem destino.
Cada vida compõem um pouco do som,
que até agora não é bom.
Já passou das 3h e a rua tem sido com
constância pisada... por aqueles que não dormem,
por aqueles que não sonham.
O silêncio pede nova reinvindicação à madrugada,
que por sua vez dorme com a ignorância do barulho,
enganada e embalada por um sentimento de missão cumprida...
Eu ainda falo com a insônia num dialecto novo e desconexo,
coisas sobre:
As teimosias do sono,
as irrelevâncias das dores,
a ousadia das cores,
o paradoxo do sexo e dos amores,
a necessidade das lutas,
os gostos do café e da arte...
Enfim... a vida esmigalhamos em partes.
Enquanto isso o roxo das olheiras,
segue a ser feito na paleta de minha face.
E a aurora virá generosa, com um grande e fofo
travesseiro de camomila,
fazendo-me trocar a noite pelo dia
sem culpa ou melancolia.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Domingo
Acordei tarde em relação as pessoas da casa. Não quis o almoço, continuei a dormir, um sono forçado. Eram quase 14h quando não mais me aguentei. Levantei e fui fazer desagradável companhia aos parentes. O humor não estava educado e eu o acompanhei. Em pouco tempo, o tempo teve alguma ação sobre meu estado então fiquei simpática e levemente alegre. Comi besteiras com um tantão de lactose e assisti tv com a Vó, a irmã do meio, o pai e a mãe. A tarde estava quente. Fui brincar com a cachorra. Nós nos molhamos porque o sol fazia muito calor e nos dava este feito, mesmo sem pedido. Ela me lambeu, não fiz o mesmo pois não gosto de pêlos. Gostamos de nos olhar e de dividir um pão francês. Ela come mais rápido e portanto come mais. Subi escadas para voltar á sala dos parentes. Todos discutiam sobre as notícias de jornais velhos e atuais, então eu também discuti. O celular tocou e ganhei uma carona para o aniversário do André. Já que não vou de bike pensei na saia roxa e saí com ela. Eram três e tantas da tarde, quando o Mauro chegou no salão de festas do prédio da Carol, deixando o som, a Mi, eu, Dai, Claudia, Grazi e Nica. Daqui pra frente tenho preguiça de escrever, mas não quero esquecer, então dali pra frente foi: Parabéns, Amigos, Jogos, Comes e bebes, Fotografias de chapéu, Planos de grupo, Teatro e a cidade dormindo sobre os olhos de Deus e dos mortos. Em seguida, chuva com trovoada, outra carona, visita inesperada e boa, matança de saudade, miojo gostoso, conversa séria e também a toa, café, beijos e abraços de despedida, outra carona, casa, recepção da cachorra, pedaço de pão, seriado gravado com as irmãs, madrugada, janelas abertas e escrita torta de fragmentos de um dia.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Fim de Ano - Ano Novo
Joguei na privada as cinzas dos males passados;
E entre meus guardados encontra-se, um papel roto, dobrado,
com desejos e planos sonhados;
Que logo, incinerados, ao universo serão lançados.
E entre meus guardados encontra-se, um papel roto, dobrado,
com desejos e planos sonhados;
Que logo, incinerados, ao universo serão lançados.
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