E esse vazio sem peito que vez ou outra me carrega?
Pesa meus olhos que se fecham,
pra alma escapulir do corpo disfarçada de oxigênio.
Daí,
em (des)caminhos vou pra onde não chego
chego pronde não vou
quem vem pronde estou nada encontra
nunca estou onde estou
Não nesse quarto de cama grande e vermelha
onde insetos morrem de overdose
e sonhos insones são mudos;
não onde livros vivem em caixas
e o pó espera _ sabe-se lá sobre o quê _ sob todas as superfícies.
Não nessas sacolas de plástico denso,
não, não em mim
e não em qualquer palavra.
Daqui,
ouço o Mar
ele fica quase aqui
Mas, o Mar não fica
vai
Nesses dias de vazio sem peito
quase como o Mar
não fico
Mas, ninguém escuta.
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