terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pequeno Sorvo de Vida Alheia

No penúltimo outubro do fim de um mundo
Madruga com a chuva um velho vagabundo
Sem camisa
Sem camiseta
Barriga inchada de tanta cerveja

Na cama pequena de um hotel barato
Divide sem tratos
seu cheiro, seu gosto,
seu espinho de cactos

Depois no banheiro
em gozo semântico
chora o velho
sem saber
a primeira morte
do último romântico.

(ou não..)

5 comentários:

  1. Gosto bastante do que você escreve

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. A vida vestida não foge ao olhar do poeta. Este, na vida dá uma despida, e despista na saída...

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  4. a poesia também é uma velha vagabunda...nos múltiplos sentidos mais que polifonia, êxtases sintáticos, morfológicos e semânticos, aquém e além do romântico...

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  5. eu não sei o que escrever
    sobre o que vocês escreveram
    mas tive grande prazer
    em ler vossas escritas..

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